Cultura Afrodescendente
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, vai lançar editais com a
temática afrodescendente condicionando a produção e criação a produtores
e criadores negros. Com isso, a ministra quer estabelecer novo paradigma em que a
cultura, em todas as linguagens apoiadas pelo Ministério da Cultura
(MinC), tenha protagonismo dos negros, de fato.
“É uma justa reivindicação da comunidade negra”, diz a ministra, que,
segunda-feira, em São Paulo, ouviu, entre as manifestações dos
produtores da cultura digital, o desabafo de que a cultura negra é
apoiada pelo MinC, mas não é realizada por produtores e criadores
negros.
Hoje, em reunião em seu gabinete, com a ministra de Políticas de
Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, a ministra Marta
aprofundou a questão. E determinou aos presidentes da Funarte, Antonio
Grassi, da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Galeno Amorim, e à
secretária do Audiovisual, Ana Paula Santana, que apresentem, até a
semana que vem, editais a serem lançados no dia 20 de novembro, Dia da
Consciência Negra.
Numa ação conjunta da Secretaria da Cidadania e da Diversidade
Cultural e FBN, serão mapeados os pontos de cultura que podem ter por
foco a literatura negra. A FBN também vai fazer uma pesquisa sobre
hábitos de leitura da população negra.
Lançamento
A ministra Marta Suplicy também falou, hoje, com o diretor-curador do
Museu Afro Brasil, Emanoel Araújo, para tratar das atividades de
lançamento dos editais e da comemoração do Dia da Consciência Negra, em
São Paulo – onde o 20 de novembro se tornou feriado a partir da sanção
de projeto de lei da então prefeita Marta Suplicy.
Na conversa com Emanoel Araújo, a ministra pontuou que as atividades
precisam sair do museu e ganhar o espaço do Parque do Ibirapuera. Têm de
ganhar visibilidade. Para a ministra, é essencial ao país valorizar a
cultura negra e dar real oportunidade à comunidade negra de apresentá-la
à sociedade, ao Brasil e ao mundo. “Com muita honra, vamos lançar os
editais, e apoiar e incentivar a produção da cultura negra por quem é
negro”, disse a ministra.
Fonte: (Ascom/Minc)
Nenhum comentário:
Postar um comentário